O
mundo do Novo Testamento.
O
mundo para o qual Jesus Cristo veio foi moldado por três importantes
influências: O poder militar dos romanos, a cultura dos gregos e a
religião dos judeus. Deus usou cada uma dessas influências para
preparar o terreno para o tempo em que Seu Filho iniciaria o seu
ministério terreno. Conforme diz o trecho de Gálatas 4.4, Deus
enviou o Seu Filho na “plenitude
do tempo”.
Por
meio dos escritos humanos, Deus deu ao Novo Testamento a forma de uma
unidade harmônica. Seus vinte e sete livros incluem vários tipos de
literatura. Foram escritos em ocasiões diversas e sob variadas
circunstâncias. Alguns desses livros foram escritos para narrar
eventos específicos, e outros para abordar determinados problemas.
Em todos eles, porém, há uma importante mensagem: Deus estabeleceu
um novo acordo, pacto, aliança ou testamento com o homem, por meio
de Jesus Cristo, chamado de Nova Aliança.
Diversas
forças diferentes contribuíram para dar forma ao mundo do Novo
Testamento. Por exemplo, consideremos esses fatos. Embora os romanos
governassem a Palestina, quando o Novo Testamento foi escrito, a
língua usada para escrever o Novo Testamento foi o grego. Jesus,
cuja história está narrada no Novo Testamento, era judeu e era o
Messias cuja vinda fora profetizada, predita, pelas Escrituras do
Velho Testamento. Outrossim, nas páginas do Novo Testamento lemos
acerca de pessoas que seguiam muitas variedades de religiões pagãs
e de cultos misteriosos. Vejamos então quais foram as forças que
moldaram o mundo do Novo Testamento.
1.
O poder de Roma.
Lemos em Lucas 2.1: “Naqueles
dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a
população do império para recensear-se” – RA.
César era o título conferido aos imperadores romanos. Em alguns
trechos do Novo Testamento, o imperador romano também é chamado
“rei” (1 Pedro 2.17, por exemplo). No tempo em que o Novo
Testamento foi escrito o império romano estendia-se desde a
extremidade ocidental do mar Mediterrâneo até o rio Eufrates no
Oriente Médio. Todo esse grande território estava sob o governo do
imperador. Os romanos dividiam o seu império em províncias –
áreas com bases militares. Diversas dessas províncias são
mencionadas por nomes nas páginas do Novo Testamento, como a
Macedônia, a Acaia, a Síria, a Ásia, a Galácia e a Panfília.
O
poder militar e a força política de Roma haviam produzido a unidade
política, a paz militar e a liberdade de comércio e de transporte.
As várias nações que Roma conquistou estavam debaixo de um único
governo. A paz romana foi imposta, cessando as guerras entre essas
nações. Aos cidadãos romanos eram outorgadas proteções
especiais. Podiam dirigir-se a qualquer parte do império sem o temor
de serem injustamente aprisionados ou maltratados. O apóstolo Paulo,
por exemplo, que foi notavelmente usado por Deus para propagar a
mensagem de Cristo em novas regiões, ocasionalmente teve de depender
de proteção especial desfrutada por ele como cidadão romano que
era. (Veja em At 16.38: “Os
oficiais de justiça comunicaram isso aos pretores; e estes ficaram
possuídos de temor, quando souberam que se tratava de cidadãos
romanos” – RA
e em Atos 22.29: “Imediatamente,
se afastaram os que estavam para o inquirir com açoites. O próprio
comandante sentiu-se receoso quando soube que Paulo era romano,
porque o mandara amarrar” - RA).
Os
romanos eram excelentes construtores de boas estradas e de pontes
fortes. As estradas eram conservadas livres de assaltantes. Elas
ligavam a capital, Roma, com todos os rincões do império. Dizia-se:
“Todos os caminhos levam a Roma”. Os mares eram mantidos livres
de piratas. Como nunca antes, havia segurança, liberdade e
facilidade de viagens e de comunicação.
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