domingo, outubro 09, 2016

Introdução ao Novo Testamento – 01.


O mundo do Novo Testamento.
O mundo para o qual Jesus Cristo veio foi moldado por três importantes influências: O poder militar dos romanos, a cultura dos gregos e a religião dos judeus. Deus usou cada uma dessas influências para preparar o terreno para o tempo em que Seu Filho iniciaria o seu ministério terreno. Conforme diz o trecho de Gálatas 4.4, Deus enviou o Seu Filho na “plenitude do tempo”.
Por meio dos escritos humanos, Deus deu ao Novo Testamento a forma de uma unidade harmônica. Seus vinte e sete livros incluem vários tipos de literatura. Foram escritos em ocasiões diversas e sob variadas circunstâncias. Alguns desses livros foram escritos para narrar eventos específicos, e outros para abordar determinados problemas. Em todos eles, porém, há uma importante mensagem: Deus estabeleceu um novo acordo, pacto, aliança ou testamento com o homem, por meio de Jesus Cristo, chamado de Nova Aliança.
Diversas forças diferentes contribuíram para dar forma ao mundo do Novo Testamento. Por exemplo, consideremos esses fatos. Embora os romanos governassem a Palestina, quando o Novo Testamento foi escrito, a língua usada para escrever o Novo Testamento foi o grego. Jesus, cuja história está narrada no Novo Testamento, era judeu e era o Messias cuja vinda fora profetizada, predita, pelas Escrituras do Velho Testamento. Outrossim, nas páginas do Novo Testamento lemos acerca de pessoas que seguiam muitas variedades de religiões pagãs e de cultos misteriosos. Vejamos então quais foram as forças que moldaram o mundo do Novo Testamento.
1. O poder de Roma. Lemos em Lucas 2.1: “Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se” – RA. César era o título conferido aos imperadores romanos. Em alguns trechos do Novo Testamento, o imperador romano também é chamado “rei” (1 Pedro 2.17, por exemplo). No tempo em que o Novo Testamento foi escrito o império romano estendia-se desde a extremidade ocidental do mar Mediterrâneo até o rio Eufrates no Oriente Médio. Todo esse grande território estava sob o governo do imperador. Os romanos dividiam o seu império em províncias – áreas com bases militares. Diversas dessas províncias são mencionadas por nomes nas páginas do Novo Testamento, como a Macedônia, a Acaia, a Síria, a Ásia, a Galácia e a Panfília.
O poder militar e a força política de Roma haviam produzido a unidade política, a paz militar e a liberdade de comércio e de transporte. As várias nações que Roma conquistou estavam debaixo de um único governo. A paz romana foi imposta, cessando as guerras entre essas nações. Aos cidadãos romanos eram outorgadas proteções especiais. Podiam dirigir-se a qualquer parte do império sem o temor de serem injustamente aprisionados ou maltratados. O apóstolo Paulo, por exemplo, que foi notavelmente usado por Deus para propagar a mensagem de Cristo em novas regiões, ocasionalmente teve de depender de proteção especial desfrutada por ele como cidadão romano que era. (Veja em At 16.38: “Os oficiais de justiça comunicaram isso aos pretores; e estes ficaram possuídos de temor, quando souberam que se tratava de cidadãos romanos” – RA e em Atos 22.29: “Imediatamente, se afastaram os que estavam para o inquirir com açoites. O próprio comandante sentiu-se receoso quando soube que Paulo era romano, porque o mandara amarrar” - RA).
Os romanos eram excelentes construtores de boas estradas e de pontes fortes. As estradas eram conservadas livres de assaltantes. Elas ligavam a capital, Roma, com todos os rincões do império. Dizia-se: “Todos os caminhos levam a Roma”. Os mares eram mantidos livres de piratas. Como nunca antes, havia segurança, liberdade e facilidade de viagens e de comunicação.

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