Continuação
do post anterior.
Baseado
na experiência dos crentes, no registro do livro de Atos, sabemos
que, após o batismo inicial no Espírito (Atos 2), eles receberam
mais do Espírito adicionalmente. (Ver Atos 4.31: “Tendo
eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram
cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de
Deus” - RA). Uma
vez que foram introduzidos na vida com o Espírito, eles passaram a
andar com Ele, crescendo em estatura espiritual. Para exemplificar,
comparar isso com 2 Coríntios 3.18: “
E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho,
a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na
sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” - RA.
Esse relacionamento deveria tornar-se mais belo e satisfatório a
cada dia. Deveríamos ver um genuíno crescimento espiritual, a
medida que o tempo passe. É que, tendo iniciado em nós uma boa
obra, o Espírito Santo haverá de levá-la até o seu ponto
completo, se andarmos com Ele (Ver Filipenses 1.6:
“Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós
há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” – RA).
Seus
Símbolos. Vejamos os
símbolos bíblicos que descrevem algum aspecto do Espírito Santo,
na sua atividade:
-
Em Mateus 3.11 – Fogo.
-
Em Mateus 3.16 – Pomba.
-
1 Reis 19.16; 1 João 2.20 – Azeite.
-
Lucas 11.13 – Dom.
-
João 7.37-39 – Rios de água viva.
-
2 Coríntios 1.22; Efésios 1.13,14 – Selo ou depósito
-
7 João 20.22; Ezequiel 37.9,14 – Sopro, Vento.
Em
relação à Igreja.
Nossa discussão sobre as maneiras como o Espírito Santo ministra ao
mundo incrédulo e aos crentes, fornece-nos uma base para
considerarmos o Seu ministério em favor do corpo místico de Cristo
como um todo unido, como uma coletividade. Nos dias do Antigo
Testamento, o povo de Deus muito se beneficiou com o ministério do
Espírito Santo, quando Ele ungia pessoas selecionadas para algum
serviço especial. Porém, no Novo Testamento, esse ministério ainda
é mais evidente, porque é contínuo e não se limita a qualquer
grupo específico de crentes. Vejamos como e por qual motivo, o
ministério do Espírito Santo, no período do Novo Testamento,
difere de Suas atividades nos tempos do Antigo Testamento.
Por
ocasião do Batismo de Jesus, João Batista O proclamou como aquele
que batizava no Espírito Santo (Veja João 1.33: “Eu
não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água me
disse: Aquele sobre quem vires descer e pousar o Espírito, esse é o
que batiza com o Espírito Santo” - RA).
Como resultado dessa obra remidora, Jesus abriu o caminho para os
Seus seguidores serem batizados no Espírito Santo, recebendo assim o
outro Consolador. O Espírito Santo é o próprio representante de
Jesus, que veio para habitar para sempre com os crentes (Veja João
14.16: “
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que
esteja para sempre convosco,” - RA).
Após a Sua ressurreição, Ele anunciou aos Seus discípulos que
eles seriam batizados no Espírito Santo dentro de poucos dias e que,
como resultado disso, receberiam poder do alto. (Veja Atos 1.5,8).
Diferentemente
das unções especiais para alguma tarefa específica, como nos dias
do Antigo Testamento, essa nova experiência – o batismo no
Espírito Santo – haveria de ser a capacitação básica para o
crente ter uma vida espiritual e um serviço cristão coerente e
eficaz. O Espírito Santo veio para ser um residente permanente
naqueles que recebessem a Cristo (Ver João 14.17: “o
Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no
vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e
estará em vós” - RA).
O resultado dessa presença habitadora e poderosa seria um
desenvolvimento espiritual dramático, quando os seguidores de Jesus
compartilhassem de sua fé e experiência uns com os outros.
Assim,
na experiência do Novo Testamento, os crentes podem contar com a
presença permanente do Espírito Santo neles, o que os capacita a
viverem vidas santas e servirem a Deus de maneira aceitável. Não
mais os crentes dispõem apenas de um modelo externo, para moldarem
suas vidas segundo o mesmo (a lei mosaica), conforme acontecia nos
tempos do Antigo Testamento, mas sem qualquer força capacitadora
para eles poderem cumprir os requisitos da lei, excetuando as suas
próprias boas intenções. Visto que o Espírito agora reside nos
membros da Igreja Cristã, dirigindo as suas atividades coletivas,
eles têm a capacidade de levar avante a obra e a vontade de Deus
sobre a face da terra.
Não
somente os seguidores de Jesus recebem o poder de serem testemunhas
eficazes, como também são dotados para defender o evangelho com
sucesso. Este é um cumprimento direto do que diz o trecho de Marcos
13.9-11. Em certa ocasião Pedro mostra-se incapaz de defender seu
relacionamento com Jesus (Veja Mateus 26.69-75). Mas, após várias
experiências significativas, que incluíram ser ele testemunha da
ressurreição de Jesus e ter sido cheio com o Espírito Santo no dia
de Pentecoste, Pedro recebeu coragem e ousadia pára pregar (Veja
Atos 2), bem como ousadia para apresentar uma defesa racional de sua
fé (Veja em Atos 4.8-20).
Continua
no próximo post.