quarta-feira, agosto 19, 2015

O Espírito Santo - 03.




Continuação do post anterior.
Outros Elementos da Personalidade. Completando esses componentes essenciais da personalidade, existem alguns outros elementos que contribuem para entendermos o que é a personalidade. Esses outros elementos são: 1) associações pessoais; 2) atos pessoais; 3) nomes pessoais; 4) pronomes pessoais; e 5) tratamento pessoal. Ora, todas essas características secundárias podem ser aplicadas ao Espírito Santo, conforme veremos a seguir:
1. Associações Pessoais. Já vimos que na fórmula batismal e na bênção apostólica, o Espírito Santo é identificado juntamente com o Pai e o Filho. Essa associação com outras pessoas implica em personalidade. Não seria uma tolice se alguém tivesse que batizar no nome do Pai, e do Filho e da “força”, do “hálito”, do “poder” ou do “vento”? (Mateus 28.19). Certamente que seria, pois somente uma personalidade pode ser associada, em suas ações, a outras personalidades.
Não há a menor sombra de dúvida que foi baseado nisso que os apóstolos e anciãos, por ocasião do Concílio de Jerusalém, escreveram: “Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo, e a nós não vos impor maior encargo algum, senão essas coisas essenciais...” (Atos 15.28). A personalidade do Espírito Santo, pois, fica claramente entendida mediante a Sua associação às outras duas pessoas da Trindade.
2. Atos Pessoais. Quando consideramos as atividades do Espírito Santo, segundo são reveladas nas Escrituras, veremos como isso nos confere um entendimento mais completo sobre a Sua personalidade. Leia cada um desses trechos bíblicos:
  • 2 Pedro 1.21 – O Espírito Santo revela, motiva e capacita.
  • 1 Coríntios 2.10 – Ele sonda.
  • Atos 13.2 e Apocalipse 2.7 – Ele fala e chama pessoas ao serviço.
  • João 15.26 – Ele testifica.
  • Atos 16.6,7 – Ele dirige Seu povo no serviço, geralmente proibindo-o ou restringindo-o em alguma ação.
  • Romanos 8.26 – Ele intercede por nós.
  • João 14.26 – Ele ensina.
  • João 16.8-11 – Ele reprova.
  • João 16.13 – Ele nos guia.
  • João 16.14 – Ele glorifica a Cristo.
  • João 3,5 – Ele nos regenera.
3. Nomes Pessoais. Na véspera de Sua crucificação, Jesus revelou a Seus discípulos que iria deixá-los, sabendo que com Sua partida eles não teriam mais a sua liderança, apoio e conselhos, Jesus lhes disse: “E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador para que fique convosco para sempre” (João 14.16).
Imediatamente Jesus identificou Aquele que tomaria o Seu lugar, o Espírito Santo (João 14.26). Jesus também afirmou que assim como Ele viera para revelar o Pai, assim também o Espírito Santo haveria de explicar, revelar e interpretar a natureza e a vontade de Jesus aos homens. Compare esses trechos bíblicos: João 14.15-18,26; 15.26 e 16.13-15. Vemos, pois, que o Espírito Santo foi chamado de Conselheiro e que Ele foi enviado para tomar o lugar de Jesus e levar avante o Seu ministério como um outro Conselheiro. Essa responsabilidade exigia uma personalidade discernidora, sensível, capaz de agir em lugar do Filho de Deus.
O Espírito Santo foi enviado pelo Pai a pedido do Filho (João 15.26), a fim de glorificar ao Filho e ministrar às necessidades espirituais dos crentes. Ele é chamado de Espírito da Verdade (João 14.17), Espírito de Vida (Romanos 8.2), Espírito de graça (Hebreus 10.29), Espírito de adoção (Romanos 8.15; Gálatas 4.5-7), Espírito da promessa (Atos 1.5), Espírito da Santidade (Romanos 1.4) e também Advogado (1 João 2.1) ou Conselheiro (João 14.16,26). Aquele que recebeu todos esses nomes é o mesmo Espírito Santo que glorifica a Jesus, que O torna real para nós e que dá prosseguimento à Sua obra nesse mundo.
O Conselheiro também é chamado de Espírito Santo (Efésios 4.30), Espírito de Jesus (Atos 16.7), Espírito de Cristo (Romanos 8.9), Espírito de Jesus Cristo (Filipenses 1.19) e Espírito de Deus (1 João 4.2). Embora os nomes possam diferir uns dos outros, a referência, em todos esses casos, é sempre a mesma Pessoa. Os vários nomes simplesmente identificam diferentes aspectos de Sua natureza e do Seu trabalho.
Continua no próximo post.

sábado, agosto 01, 2015

O Espírito Santo - 02.

Continuação do post anterior.
Associações do Espírito Santo com a Natureza Divina. Diversos versículos da Bíblia revelam a deidade do Espírito Santo, mediante as Suas associações. Nos dois primeiros exemplos alistados a seguir, a deidade do Espírito Santo fica entendida através de Sua associação com as outras Pessoas de Trindade. Vemos a igualdade essencial de pessoas, como também a igualdade essencial de deidade:
    Mateus 28.19 – a fórmula batismal: “… batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.
  1. Coríntios 13.13 – a bênção apostólica: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós”
  2. 1 Coríntios 12 – Nesse capítulo vemos a Igreja como o corpo místico de Cristo (v. 27: “ Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo” ). Deus nomeia ministros para Sua Igreja, a fim de ajudá-la em seu desenvolvimento (v. 28: “A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois, operadores de milagres; depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas”). E é o Espírito Santo quem, soberanamente, distribui dons entre os membros desse corpo místico (v. 11: “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente”). O inter-relacionamento que aí percebemos só pode ser explicado com base no fato da plena igualdade de cada Pessoa da bendita Trindade. Somente sobre essa base é que o Espírito Santo pode exercer os Seus direitos de deidade, distribuindo soberanamente os dons espirituais, conforme a Sua vontade (Veja 1 Coríntios 12.4-6,11)
  3. Atos 28.25-28. Paulo oferece-nos uma útil compreensão quanto a essa questão, quando diz que o Espírito Santo proferiu as palavras registradas em Isaías 6.9,10, palavras essas que, de acordo com o próprio Isaías, foram ditas por Deus. Compare esses dois trechos bíblicos entre si. Essa comparação revela-nos que, visto que o Espírito Santo é o representante ou agente de Deus Pai, Ele age em lugar do Pai sobre a terra. Isso é novamente demonstrado mediante estes exemplos: Ele atrai os homens a Cristo (Veja João 6.44); Ele revela a verdade (Ver João 14.26 e 16.13) e Ele guia (Ver Romanos 8.14: “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” ).
  4. Gênesis 1. O esforço combinado do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme se vê em Gênesis 1.26, onde Deus assevera: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança…” O uso de pronome plural (nós) indica a pluralidade de pessoas na Deidade, conforme já vimos. Fica implícito que todas as três Pessoas estiveram ativas na criação.
  5. Aquelas referências bíblicas que abordam o relacionamento entre o Espírito Santo e as demais Pessoas da Trindade demonstram biblicamente que o Espírito Santo é Deus, igualmente com o Pai e com o Filho.
A Personalidade do Espírito Santo.
Os Componentes Essenciais da Personalidade. Pudemos observar que há três componentes essenciais na personalidade: 1) o intelecto (a capacidade de pensar); 2) a sensibilidade (a capacidade de sentir) e 3) a vontade (a capacidade de tomar decisões). Examinemos os trechos bíblicos que se referem ao Espírito Santo e vejamos como essas características se aplicam a Ele.
A Bíblia nos ensina com clareza sobre a personalidade do Espírito Santo. Em seu excelente discurso sobre a vida através do Espírito, o apóstolo Paulo concluiu referindo-se a “mente do Espírito” (Romanos 8.27), que identifica a sua faculdade intelectual. O apóstolo Paulo também atribui sensibilidade ao Espírito Santo (Romanos 15.39). Em outras palavras ele se refere a capacidade que o Espírito Santo tem de sentir – nesse caso, sentir amor em sua capacidade de exprimir sentimentos. Finalmente,  o apóstolo fala aos crentes de Corinto a respeito dos atos soberanos do Espírito Santo quando Ele se demonstra possuidor da faculdade da vontade, ao distribuir dons espirituais aos crentes, que Ele determina segundo a Sua vontade (Veja 1 Coríntios 12.11. Esses trechos bíblicos mostram que o Espírito de Deus possui as qualidades essenciais da personalidade.
Continua no próximo post.