Continuação
do post anterior.
Outros Elementos da Personalidade. Completando esses
componentes essenciais da personalidade, existem alguns outros elementos que
contribuem para entendermos o que é a personalidade. Esses outros elementos
são: 1) associações pessoais; 2) atos pessoais; 3) nomes pessoais; 4) pronomes
pessoais; e 5) tratamento pessoal. Ora, todas essas características secundárias
podem ser aplicadas ao Espírito Santo, conforme veremos a seguir:
1. Associações Pessoais. Já vimos que na
fórmula batismal e na bênção apostólica, o Espírito Santo é identificado
juntamente com o Pai e o Filho. Essa associação com outras pessoas implica em
personalidade. Não seria uma tolice se alguém tivesse que batizar no nome do
Pai, e do Filho e da “força”, do “hálito”, do “poder” ou do “vento”? (Mateus
28.19). Certamente que seria, pois somente uma personalidade pode ser
associada, em suas ações, a outras personalidades.
Não
há a menor sombra de dúvida que foi baseado nisso que os apóstolos e anciãos,
por ocasião do Concílio de Jerusalém, escreveram: “Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo, e a
nós não vos impor maior encargo algum, senão essas coisas essenciais...” (Atos 15.28). A personalidade do Espírito Santo,
pois, fica claramente entendida mediante a Sua associação às outras duas
pessoas da Trindade.
2. Atos Pessoais. Quando
consideramos as atividades do Espírito Santo, segundo são reveladas nas
Escrituras, veremos como isso nos confere um entendimento mais completo sobre a
Sua personalidade. Leia cada um desses trechos bíblicos:
- 2 Pedro 1.21 – O Espírito Santo revela, motiva e capacita.
- 1 Coríntios 2.10 – Ele sonda.
- Atos 13.2 e Apocalipse 2.7 – Ele fala e chama pessoas ao serviço.
- João 15.26 – Ele testifica.
- Atos 16.6,7 – Ele dirige Seu povo no serviço, geralmente proibindo-o ou restringindo-o em alguma ação.
- Romanos 8.26 – Ele intercede por nós.
- João 14.26 – Ele ensina.
- João 16.8-11 – Ele reprova.
- João 16.13 – Ele nos guia.
- João 16.14 – Ele glorifica a Cristo.
- João 3,5 – Ele nos regenera.
3. Nomes Pessoais. Na véspera de Sua
crucificação, Jesus revelou a Seus discípulos que iria deixá-los, sabendo que
com Sua partida eles não teriam mais a sua liderança, apoio e conselhos, Jesus
lhes disse: “E
eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador para que fique convosco para
sempre” (João 14.16).
Imediatamente
Jesus identificou Aquele que tomaria o Seu lugar, o Espírito Santo (João
14.26). Jesus também afirmou que assim como Ele viera para revelar o Pai, assim
também o Espírito Santo haveria de explicar, revelar e interpretar a natureza e
a vontade de Jesus aos homens. Compare esses trechos bíblicos: João 14.15-18,26;
15.26 e 16.13-15. Vemos, pois, que o Espírito Santo foi chamado de Conselheiro
e que Ele foi enviado para tomar o lugar de Jesus e levar avante o Seu
ministério como um outro Conselheiro. Essa responsabilidade exigia uma
personalidade discernidora, sensível, capaz de agir em lugar do Filho de Deus.
O
Espírito Santo foi enviado pelo Pai a pedido do Filho (João 15.26), a fim de
glorificar ao Filho e ministrar às necessidades espirituais dos crentes. Ele é
chamado de Espírito da Verdade (João
14.17), Espírito de Vida (Romanos
8.2), Espírito de graça (Hebreus
10.29), Espírito de adoção (Romanos
8.15; Gálatas 4.5-7), Espírito da promessa
(Atos 1.5), Espírito da Santidade
(Romanos 1.4) e também Advogado (1
João 2.1) ou Conselheiro (João
14.16,26). Aquele que recebeu todos esses nomes é o mesmo Espírito Santo que
glorifica a Jesus, que O torna real para nós e que dá prosseguimento à Sua obra
nesse mundo.
O
Conselheiro também é chamado de Espírito
Santo (Efésios 4.30), Espírito de
Jesus (Atos 16.7), Espírito de Cristo
(Romanos 8.9), Espírito de Jesus Cristo
(Filipenses 1.19) e Espírito de Deus
(1 João 4.2). Embora os nomes possam diferir uns dos outros, a referência, em
todos esses casos, é sempre a mesma Pessoa. Os vários nomes simplesmente
identificam diferentes aspectos de Sua natureza e do Seu trabalho.
Continua
no próximo post.