sábado, outubro 17, 2015

O Espírito Santo - 06.


Continuação do post anterior.
O lugar e a importância que damos ao Espírito Santo em nossa vida cristã é que determinará o nosso caráter. O homem não nasce com hábitos pré-fixados. O caráter de um homem resulta dos hábitos que ele desenvolve mediante atos repetidos. O caráter do homem natural, que vive somente para satisfazer os seus impulsos físicos é um espetáculo patético e deprimente. Mas o caráter do homem espiritual, que permite que o Espírito Santo guie a sua vida, é inteiramente diferente disso, conforme veremos. A solução dada pelo apóstolo Paulo é a seguinte: “Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne” (Gálatas 5.16).
1.6 - O Espírito Santo produz em nós o fruto bendito da vida cristã. Certo amigo perguntou-nos, por qual motivo um grupo de pessoas, que dizia ter um relacionamento muito íntimo com o Espírito Santo, vangloriava-se diante de outras pessoas de serem muito espirituais. Esse amigo disse que não podia imaginar o Espírito Santo vangloriar-se acerca de si mesmo. Tivemos de concordar prontamente com ele. Para evitarmos a carnalidade (que consiste em ceder aos desejos da carne) e a espiritualidade superficial, precisamos andar no Espírito.
Andar no Espírito subentende que o indivíduo depende continuamente dEle, crendo que Ele lhe ajudará a andar corretamente por qualquer área da vida. Apesar de nunca nos ser prometida uma vida caracterizada pela perfeição impecável, seremos maravilhosamente transformados, à medida que formos cheios e controlados pelo Espírito. Ao invés de manifestarmos as obras da carne (Gálatas 5.19.21), produziremos o fruto de Espírito. “Mas o fruto de Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão. temperança” (Gálatas 5.22,23).
Essas qualidades coletivamente intituladas “fruto do Espírito”, são características do Espírito Santo. Devemos examinar cuidadosamente as nossas atitudes, os nossos relacionamentos e os nossos atos, a fim de vermos se retratam essas características, ou se nos falta algum aspecto do fruto do Espírito. 
Termos relacionados ao Batismo no Espírito Santo. O relacionamento íntimo que existe entre o crente e o Espírito Santo tem sido ilustrado na Bíblia por diversos termos descritivos. Um deles chama-se batismo, o que significa imersão. (Ver Mateus 3.11: “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo- RA; e Atos 1.5: “Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” - RA). O que acontece quando uma pessoa é imersa na água? Fica inteiramente molhada. A água cobre-a totalmente. Quão glorioso é saber que é possível, para nós, seres humanos, que o senhor Deus nos sature completamente (encha-nos completamente) com Ele mesmo!
Um outro termo usado para descrever a relação do crente com o Espírito Santo é enchimento (Ver Atos 2.4: “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” - RA; e Atos 4.31: “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus” - RA). Quando uma taça fica cheia, não tem capacidade para receber mais nada. E, de igual modo, o Espírito Santo deseja nos dar tanto de Seu poder e de Sua glória, que seremos incapazes de receber mais da parte dEle. E somente então teremos o poder, a sabedoria e a unção necessários para agradar a Deus e para servi-lO, com eficácia dentro do corpo de Cristo. Podemos ser cheios com o Espírito em repetidas ocasiões, tal como aconteceu aos cristãos primitivos. À medida que vai aumentando a nossa capacidade, Ele continuará a encher-nos a novos níveis, com a Sua divina plenitude. Os crentes são aconselhados: “... Enchei-vos do Espírito” (Efésios 5.18). Seria bom se desejássemos permanecer sempre cheios do Espírito.
Uma terceira maneira de encararmos esse relacionamento é dizer que o Espírito é derramado sobre nós (Joel 2.28,29). Essa profecia fala sobre as chuvas de outono, que os agricultores de Israel esperavam com ansiedade, a fim de que suas plantações amadurecessem plenamente e em tempo para a colheita. Bom seria que desejássemos, com idêntico anseio, pelo derramamento do Espírito Santo sobre as nossas igrejas e sobre as nossas vidas, para que pudéssemos desenvolver todo o potencial que nos foi dado para promover a glória de Deus.
O Novo Testamento ensina que para que essa obra especial do Espírito Santo se inicie em nossas vidas, conforme é indicado pelos termos que acabamos de apresentar, teremos de receber uma experiência inicial. Entretanto, o batismo inicial no Espírito não deveria ser visto como o clímax de nosso andar com Ele.

Continua no próximo post.