Introdução
ao Novo Testamento – 24.
Continuação
do post anterior.
2.
A Igreja Passa por Mudanças (De Atos 8.4 a 11.18). O período de
mudança foi o tempo no qual a mensagem do evangelho mais penetrou no
mundo gentílico. Quando grandes números de gentios se converteram,
o foco de atividades gravitou de Jerusalém para Antioquia. Esse
período incluiu o ministério de Felipe, Pedro e João em Samaria e
na Judéia (Atos 8.4-40), a conversão de Saulo de Tarso (Atos
9.1-31) e a pregação do evangelho nas cidades de Lida, Jope e
Cesaréia (9.32-11.18).
Durante
esse tempo houve uma gradual diminuição dos preconceitos contra os
gentios. Pedro, por exemplo, ministrou aos samaritanos – um povo de
origem mista, judaica e gentílica (Atos 8.14-17.25). Posteriormente,
ele foi residir com Simão o curtidor (Veja em Atos 9.43: “Pedro
ficou em Jope muitos dias, em casa de um curtidor chamado Simão” -
RA). Anteriormente, Pedro, como judeu rígido, jamais
ter-se-ia associado a um homem que ganhava a vida curtindo couros.
Depois disso, entretanto, Deus o enviou a pregar a mensagem de Cristo
a um centurião romano (Atos 10). Esses acontecimentos foram
significativos, pois mostraram que os gentios estavam sendo aceitos
como participantes do plano remidor de Deus.
3.
A Igreja Gentia é Implantada (De Atos 11.19 a 15.35). Os
acontecimentos que ocorreram quando estava sendo implantada a Igreja
gentílica, incluíram o ministério de ensino de Barnabé e Paulo em
Antioquia da Síria (Atos 11.19-30), a figura de Pedro na prisão em
Jerusalém (Atos 12.1-25), a primeira viagem missionária de Paulo
(Atos 13.1 a 14-28), e a decisão tomada pelo Concílio de Jerusalém
a respeito dos gentios (Atos 15.1-35).
4.
Paulo cumpre o seu programa (De Atos 15.36 a 21.16). Durante esse
período, Paulo partiu para a sua segunda viagem missionária (Atos
15.36-18.22), e para a sua terceira viagem missionária
(18.23-21.16). Paulo deu início a sua segunda viagem missionária ao
visitar as igrejas que haviam sido fundadas por ocasião de sua
primeira viagem missionária. Na oportunidade, Paulo queria continuar
evangelizando na Ásia Menor, mas o Espírito Santo dirigiu-o na
direção da Europa (Macedônia) (Atos 18.6-10). Em resultado,
diversas igrejas foram iniciadas nas áreas da Macedônia e da Acaia.
A terceira viagem missionária de Paulo finalmente levou-o a Éfeso,
onde ele ministrou pelo período de três anos (Atos 19.10 e 20.31).
Após
ter fundado igrejas cristãs nas regiões da Galácia, da Macedônia
e da Acaia, Paulo permaneceu em Éfeso, que ocupava uma posição
central. Dali ele podia comunicar-se facilmente com as igrejas em
derredor, enquanto ministrava em Éfeso. Aparentemente, Paulo
esperava que os anciãos da igreja de Éfeso continuassem a
supervisionar as igrejas, porquanto foi a eles que conferiu suas
instruções finais, ao partir para Jerusalém pela última vez (Atos
20.22-31).
5.
Paulo é Aprisionado em Roma (De Atos 21.17-28.31). Os eventos
que levaram ao aprisionamento de Paulo em Roma incluíram sua
detenção e julgamento em Jerusalém (21.17-23.30), seu
relacionamento em Cesaréia (23.31-26-32), sua viagem a Roma
(27.1-28.15) e seu aprisionamento ali (28.16-31).
O
livro de Atos fornece-nos um modelo para o trabalho missionário
cristão (Veja Atos 1.8: “mas recebereis
poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e
até aos confins da terra” - RA). Nesse padrão, há
três elementos que são claramente mencionados:
-
O poder – O Espírito Santo.
-
Os obreiros – Os cristãos.
-
Os lugares – local, nacional e mundial.
O
livro de Atos também mostra-nos a importância da oração no
cumprimento do programa cristão. Os discípulos reuniram-se para
orar, em atendimento a ordem de Jesus para esperarem pela descida do
Espírito Santo (Veja em Atos 1.14: “Todos
estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria,
mãe de Jesus, e com os irmãos dele” - RA), e o
Espírito realmente veio (Atos 2.1-4). Quando eram perseguidos por
estarem testificando, os discípulos oravam pedindo coragem. De certa
feita, o lugar onde eles estavam foi sacudido, e eles pregaram com
destemor (Atos 4.23.31). Pedro e João oraram, e os crentes
samaritanos receberam o Espírito Santo (Atos 8.14-17). A oração
era, realmente, a prática da igreja primitiva (Veja em Atos 2.42: “E
perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do
pão e nas orações” - RA).
O
livro de Atos mostra-nos que, sempre que indivíduos ou grupos de
pessoas oravam, Deus os movia por meio do Espírito Santo. A mesma
coisa sucede até hoje. Grandes reavivamentos têm acontecido, depois
que grupos de fiéis começam a orar. Aprendamos não somente os
fatos, mas igualmente os princípios espirituais do livro de Atos. Se
seguirmos o padrão ali retratado, o reavivamento virá, e muitas
pessoas serão atraídas para Cristo em resultado disso.
Continua
no próximo post