segunda-feira, junho 25, 2018


Introdução ao Novo Testamento – 24.
Continuação do post anterior.
2. A Igreja Passa por Mudanças (De Atos 8.4 a 11.18). O período de mudança foi o tempo no qual a mensagem do evangelho mais penetrou no mundo gentílico. Quando grandes números de gentios se converteram, o foco de atividades gravitou de Jerusalém para Antioquia. Esse período incluiu o ministério de Felipe, Pedro e João em Samaria e na Judéia (Atos 8.4-40), a conversão de Saulo de Tarso (Atos 9.1-31) e a pregação do evangelho nas cidades de Lida, Jope e Cesaréia (9.32-11.18).
Durante esse tempo houve uma gradual diminuição dos preconceitos contra os gentios. Pedro, por exemplo, ministrou aos samaritanos – um povo de origem mista, judaica e gentílica (Atos 8.14-17.25). Posteriormente, ele foi residir com Simão o curtidor (Veja em Atos 9.43: “Pedro ficou em Jope muitos dias, em casa de um curtidor chamado Simão” - RA). Anteriormente, Pedro, como judeu rígido, jamais ter-se-ia associado a um homem que ganhava a vida curtindo couros. Depois disso, entretanto, Deus o enviou a pregar a mensagem de Cristo a um centurião romano (Atos 10). Esses acontecimentos foram significativos, pois mostraram que os gentios estavam sendo aceitos como participantes do plano remidor de Deus.
3. A Igreja Gentia é Implantada (De Atos 11.19 a 15.35). Os acontecimentos que ocorreram quando estava sendo implantada a Igreja gentílica, incluíram o ministério de ensino de Barnabé e Paulo em Antioquia da Síria (Atos 11.19-30), a figura de Pedro na prisão em Jerusalém (Atos 12.1-25), a primeira viagem missionária de Paulo (Atos 13.1 a 14-28), e a decisão tomada pelo Concílio de Jerusalém a respeito dos gentios (Atos 15.1-35).
4. Paulo cumpre o seu programa (De Atos 15.36 a 21.16). Durante esse período, Paulo partiu para a sua segunda viagem missionária (Atos 15.36-18.22), e para a sua terceira viagem missionária (18.23-21.16). Paulo deu início a sua segunda viagem missionária ao visitar as igrejas que haviam sido fundadas por ocasião de sua primeira viagem missionária. Na oportunidade, Paulo queria continuar evangelizando na Ásia Menor, mas o Espírito Santo dirigiu-o na direção da Europa (Macedônia) (Atos 18.6-10). Em resultado, diversas igrejas foram iniciadas nas áreas da Macedônia e da Acaia. A terceira viagem missionária de Paulo finalmente levou-o a Éfeso, onde ele ministrou pelo período de três anos (Atos 19.10 e 20.31).
Após ter fundado igrejas cristãs nas regiões da Galácia, da Macedônia e da Acaia, Paulo permaneceu em Éfeso, que ocupava uma posição central. Dali ele podia comunicar-se facilmente com as igrejas em derredor, enquanto ministrava em Éfeso. Aparentemente, Paulo esperava que os anciãos da igreja de Éfeso continuassem a supervisionar as igrejas, porquanto foi a eles que conferiu suas instruções finais, ao partir para Jerusalém pela última vez (Atos 20.22-31).
5. Paulo é Aprisionado em Roma (De Atos 21.17-28.31). Os eventos que levaram ao aprisionamento de Paulo em Roma incluíram sua detenção e julgamento em Jerusalém (21.17-23.30), seu relacionamento em Cesaréia (23.31-26-32), sua viagem a Roma (27.1-28.15) e seu aprisionamento ali (28.16-31).
O livro de Atos fornece-nos um modelo para o trabalho missionário cristão (Veja Atos 1.8: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” - RA). Nesse padrão, há três elementos que são claramente mencionados:
  1. O poder – O Espírito Santo.
  2. Os obreiros – Os cristãos.
  3. Os lugares – local, nacional e mundial.
O livro de Atos também mostra-nos a importância da oração no cumprimento do programa cristão. Os discípulos reuniram-se para orar, em atendimento a ordem de Jesus para esperarem pela descida do Espírito Santo (Veja em Atos 1.14: “Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele” - RA), e o Espírito realmente veio (Atos 2.1-4). Quando eram perseguidos por estarem testificando, os discípulos oravam pedindo coragem. De certa feita, o lugar onde eles estavam foi sacudido, e eles pregaram com destemor (Atos 4.23.31). Pedro e João oraram, e os crentes samaritanos receberam o Espírito Santo (Atos 8.14-17). A oração era, realmente, a prática da igreja primitiva (Veja em Atos 2.42: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” - RA).
O livro de Atos mostra-nos que, sempre que indivíduos ou grupos de pessoas oravam, Deus os movia por meio do Espírito Santo. A mesma coisa sucede até hoje. Grandes reavivamentos têm acontecido, depois que grupos de fiéis começam a orar. Aprendamos não somente os fatos, mas igualmente os princípios espirituais do livro de Atos. Se seguirmos o padrão ali retratado, o reavivamento virá, e muitas pessoas serão atraídas para Cristo em resultado disso.
Continua no próximo post