sábado, abril 30, 2011

A Inspiração vista na Bíblia;

Continuação do post anterior.
Vejamos 2 Timóteo 3.16: “Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver.” - NTLH Esse trecho nos fala da extensão (toda a Escritura), do objeto (Escritura), e da fonte (por Deus) da inspiração. Aqui temos a idéia de uma inspiração plenária, de toda a Escritura. Ela é produto da ação de Deus nos homens.
Vejamos, agora, em 2 Pedro 1.20,21: “sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.” - RA). Esse trecho nos dá o objeto (os homens), a extensão (todas as profecias) e a fonte (da parte de Deus) da inspiração. A profecia foi produzida por Deus, através de homens que foram movidos pelo Espírito Santo.
Vejamos em 1 Coríntios 2.13: “Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais.” (1 Coríntios 2:13 RA).
Esse trecho afirma que a inspiração alcançou as palavras. Os apóstolos falaram “palavras ensinadas pelo Espírito Santo”. A conclusão que tiramos é que o Espírito Santo impeliu e dirigiu os homens para que falassem palavras controladas também por Deus, afim de que tudo quanto escrevessem ou falassem trouxesse a garantia de Deus, sem nenhum engano na mensagem que Ele quis comunicar aos homens.
Afirmação da inspiração do Antigo Testamento.
Passagens como 2 Samuel 23.2: “O Espírito do SENHOR fala por meu intermédio, e a sua palavra está na minha língua.” - RA; Salmo 119.89: “Para sempre, ó SENHOR, está firmada a tua palavra no céu.” - RA; e Isaías 40.8: “seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente.” - RA; reivindicam inspiração para o Antigo Testamento. A expressão tão costumeira “Assim diz o Senhor” indica a inspiração de Deus sobre os profetas. E como já observamos, Jesus e os apóstolos acreditaram que toda a Escritura era a verdadeira e infalível Palavra de Deus.
Continua no próximo post.
Viva Jesus!
Deus lhe abençoe!

quarta-feira, abril 13, 2011

A Inspiração da Bíblia.

Continuação do post anterior.
A autoridade da Bíblia encontra justificativa na sua inspiração. Inspiração das Escrituras é o “superintender de Deus sobre os autores humanos, para que, usando suas próprias personalidades, eles compusessem e registrassem sem erro a Sua revelação ao homem nas palavras dos manuscritos originais”. Podemos dizer também que inspiração da Bíblia é “a influencia sobrenatural do Espírito Santo sobre os autores das Escrituras, que converteu seus escritos em um registro preciso da revelação ou que faz com que seus escritos sejam realmente a Palavra de Deus”.
O conceito de inspiração implica numa direção efetiva do Espírito de Deus sobre os autores humanos, de tal modo que o que eles escreveram é exatamente aquilo que Deus disse na revelação original e diz para as gerações seguintes, e, portanto, é a Palavra de Deus atual. (veja em Provérbios 30.5,6: “Toda palavra de Deus é pura; ele é escudo para os que nele confiam. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda, e sejas achado mentiroso.” - RA; em Mateus 15.4: Porque Deus ordenou: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte.” - RA; em Atos 29.25: “E, havendo discordância entre eles, despediram-se, dizendo Paulo estas palavras: Bem falou o Espírito Santo a vossos pais, por intermédio do profeta Isaías, quando disse:” (Atos 28:25 RA); e em Hebreus 3.7,8: “Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração como foi na provocação, no dia da tentação no deserto,” - RA).
Também há a participação dos autores humanos nos escritos: eles buscaram o entendimento da revelação dada, compuseram e registraram as verdades de Deus, sob a influência do Espírito Santo (Veja em Lucas 1.1-4: “Visto que muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra, igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem, para que tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído.” - RA; e em 1 Coríntios 7.25,26: “Com respeito às virgens, não tenho mandamento do Senhor; porém dou minha opinião, como tendo recebido do Senhor a misericórdia de ser fiel. Considero, por causa da angustiosa situação presente, ser bom para o homem permanecer assim como está.” - RA).
É necessário também distinguir inspiração de revelação. Revelação é Deus dando a conhecer as verdades até então ocultas, enquanto que inspiração diz respeito à comunicação ou registro dessas verdades reveladas. Portanto, a revelação tem sentido vertical (Deus se dirigindo ao homem), e a inspiração tem sentido horizontal (o homem se dirigindo ao homem), embora esse processo seja também dirigido pelo Espírito Santo. É possível haver uma coisa sem a outra. Alguém pode ter recebido uma revelação de Deus e não ter a inspiração para comunicar ou registrar essa verdade; como também é possível alguém ter recebido a inspiração sem ter tido revelação, tendo que buscar a verdade de Deus noutras fontes, e não de Deus diretamente. Parece que este é o caso de Lucas. Vide em Lucas 1.1-4.
Viva Jesus !
Deus lhe abençoe!
Continua no próximo post.