Continuação do post anterior.
As conseqüências do pecado.
O terceiro capítulo de Gênesis
narra as trágicas conseqüências do primeiro pecado. Da mesma
maneira que Deus havia dito: “...
da árvore da ciência do bem e do mal dela não comerás...”,
também avisou: “...
porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”
(Gênesis 2.17). Não considerando o aviso do Senhor e tendo tomado
do que era proibido, o homem nada mais poderia esperar do que as
prometidas conseqüências. Examinemos, de modo passageiro, as
principais conseqüências do pecado original do homem.
Relacionamento Interrompido
com Deus. O
conhecimento e a conseqüência de que haviam desobedecido
deliberadamente a Deus trouxeram, para os nossos primeiros pais, o
imediato senso de culpa. A inocência deles acabara-se e eles
sentiam-se condenados por sua consciência. Perceberam sua nudez
diante um do outro e diante de Deus e, cheios de vergonha, tentaram
esconder-se dEle. Quando Deus os confrontou com o que haviam feito,
cada qual tentou lançar a culpa sobre o outro. Adão queixou-se de
Eva, e Eva queixou-se da serpente (ver Gênesis 3. 12,13). E, com
essa trágica confissão, a linda e pessoal relação com Deus chegou
ao fim. Eles experimentaram assim a morte espiritual (ver Gênesis
2.17: “mas
da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no
dia em que dela comeres, certamente morrerás”
- RA) e foram expulsos
em seguida do jardim do Éden, a fim de levarem, dali por diante, uma
vida muito diferente daquela que até então haviam conhecido.
Uma Natureza Pecaminosa.
O pecado de Adão e Eva corrompeu não somente os seus próprios
corações, mas também de todos os seus descendentes. A Bíblia
declara que aquele pecado de Adão e Eva foi o princípio corruptor
que foi herdado por cada um dos seus descendentes, atingindo,
portanto, cada ser humano (Romanos 5.12: “Portanto,
assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado,
a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos
pecaram” -
RA). O mundo inteiro,
pois, ficou debaixo do domínio do pecado (Veja Gênesis 3.22). E,
juntamente com essa servidão ao pecado, tornamo-nos “filhos da
ira” (Efésios 2.3: “entre
os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações
da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e
éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais”
- RA). Essa natureza
pecaminosa torna impossível que as pessoas agradem a Deus. Cada
indivíduo age maldosamente por causa de sua natureza corrompida, por
causa daquilo que ele é.
A Bíblia declara que já nascemos
com essa natureza corrompida (veja Salmo 51.5: “Eu
nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe”
- RA). Gostamos de
imaginar que as crianças são perfeitas, destituídas de natureza
pecaminosa. Mas, quando vemos os pequenos irmãos e irmãs brigarem
uns com os outros, então percebemos que o egoísmo faz parte da
natureza humana. A tendência das crianças para a desobediência
também deriva-se dessa natureza pecaminosa.
Então vemos que cada parte do ser
humano foi corrompida pelo pecado. E nesse estado, o homem nada pode
fazer que agrade a Deus. Isso não significa que uma pessoa sem Deus
não pode fazer ou apreciar atos de bondade e gentileza com o
próximo. Mas significa que enquanto o indivíduo não é
espiritualmente revivificado, nada pode fazer que seja digno da
aprovação do Senhor. A semelhança de Deus, que há no homem foi
desfigurada.
Não somente sofremos com as
conseqüências do pecado de Adão e por causa dos efeitos da
natureza pecaminosa que recebemos da parte dele, mas também sofremos
com s conseqüências dos nossos próprios pecados. Se eu for um
preguiçoso e não quiser trabalhar, então terei de sofrer as
conseqüências disso (como também a minha família).
Com freqüência temos de sofrer,
não somente como resultado de nossos próprios pecados, mas também
as conseqüências dos pecados das outras pessoas. Os cidadãos de um
país cujos governantes sejam corruptos não podem desfrutar das
vantagens que um bom governo lhes ofereceria. Os filhos de um pai
alcoólatra podem sofrer os maltratos resultantes de uma mente
intoxicada pela bebida. Muitas pessoas morrem em acidentes de
trânsito por causa de motoristas bêbados. A sociedade em geral
sofre por causa dos abusos causados pelos criminosos e então é
obrigada a pagar pelos custos do confinamento desses criminosos nas
prisões.
Vimos, anteriormente, que o lado bom
do homem pode ser admirado. Mas agora estamos considerando o lado
trágico do homem. O homem sem Deus fica depravado. A medida em que
se aproximarem os últimos dias, poderemos esperar ver as mais
terríveis condições na sociedade humana, por toda a parte. Sob a
inspiração profética, o apóstolo Paulo escreveu:
“Sabe,
porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos
porque haverá homens amantes de si mesmo, avarentos, presunçosos,
soberbos, blasfemos, desobedientes aos pais e mães, ingratos,
profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores,
incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores,
obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de
Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.
Destes afasta-te”
(2 Timóteo 3.1-5).
Continua no próximo post.