quinta-feira, julho 21, 2016

A Doutrina do Pecado - 04.


Continuação do post anterior.
As conseqüências do pecado.
O terceiro capítulo de Gênesis narra as trágicas conseqüências do primeiro pecado. Da mesma maneira que Deus havia dito: “... da árvore da ciência do bem e do mal dela não comerás...”, também avisou: “... porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2.17). Não considerando o aviso do Senhor e tendo tomado do que era proibido, o homem nada mais poderia esperar do que as prometidas conseqüências. Examinemos, de modo passageiro, as principais conseqüências do pecado original do homem.
Relacionamento Interrompido com Deus. O conhecimento e a conseqüência de que haviam desobedecido deliberadamente a Deus trouxeram, para os nossos primeiros pais, o imediato senso de culpa. A inocência deles acabara-se e eles sentiam-se condenados por sua consciência. Perceberam sua nudez diante um do outro e diante de Deus e, cheios de vergonha, tentaram esconder-se dEle. Quando Deus os confrontou com o que haviam feito, cada qual tentou lançar a culpa sobre o outro. Adão queixou-se de Eva, e Eva queixou-se da serpente (ver Gênesis 3. 12,13). E, com essa trágica confissão, a linda e pessoal relação com Deus chegou ao fim. Eles experimentaram assim a morte espiritual (ver Gênesis 2.17: “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” - RA) e foram expulsos em seguida do jardim do Éden, a fim de levarem, dali por diante, uma vida muito diferente daquela que até então haviam conhecido.
Uma Natureza Pecaminosa. O pecado de Adão e Eva corrompeu não somente os seus próprios corações, mas também de todos os seus descendentes. A Bíblia declara que aquele pecado de Adão e Eva foi o princípio corruptor que foi herdado por cada um dos seus descendentes, atingindo, portanto, cada ser humano (Romanos 5.12: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” - RA). O mundo inteiro, pois, ficou debaixo do domínio do pecado (Veja Gênesis 3.22). E, juntamente com essa servidão ao pecado, tornamo-nos “filhos da ira” (Efésios 2.3: “entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais” - RA). Essa natureza pecaminosa torna impossível que as pessoas agradem a Deus. Cada indivíduo age maldosamente por causa de sua natureza corrompida, por causa daquilo que ele é.
A Bíblia declara que já nascemos com essa natureza corrompida (veja Salmo 51.5: “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe” - RA). Gostamos de imaginar que as crianças são perfeitas, destituídas de natureza pecaminosa. Mas, quando vemos os pequenos irmãos e irmãs brigarem uns com os outros, então percebemos que o egoísmo faz parte da natureza humana. A tendência das crianças para a desobediência também deriva-se dessa natureza pecaminosa.
Então vemos que cada parte do ser humano foi corrompida pelo pecado. E nesse estado, o homem nada pode fazer que agrade a Deus. Isso não significa que uma pessoa sem Deus não pode fazer ou apreciar atos de bondade e gentileza com o próximo. Mas significa que enquanto o indivíduo não é espiritualmente revivificado, nada pode fazer que seja digno da aprovação do Senhor. A semelhança de Deus, que há no homem foi desfigurada.
Não somente sofremos com as conseqüências do pecado de Adão e por causa dos efeitos da natureza pecaminosa que recebemos da parte dele, mas também sofremos com s conseqüências dos nossos próprios pecados. Se eu for um preguiçoso e não quiser trabalhar, então terei de sofrer as conseqüências disso (como também a minha família).
Com freqüência temos de sofrer, não somente como resultado de nossos próprios pecados, mas também as conseqüências dos pecados das outras pessoas. Os cidadãos de um país cujos governantes sejam corruptos não podem desfrutar das vantagens que um bom governo lhes ofereceria. Os filhos de um pai alcoólatra podem sofrer os maltratos resultantes de uma mente intoxicada pela bebida. Muitas pessoas morrem em acidentes de trânsito por causa de motoristas bêbados. A sociedade em geral sofre por causa dos abusos causados pelos criminosos e então é obrigada a pagar pelos custos do confinamento desses criminosos nas prisões.
Vimos, anteriormente, que o lado bom do homem pode ser admirado. Mas agora estamos considerando o lado trágico do homem. O homem sem Deus fica depravado. A medida em que se aproximarem os últimos dias, poderemos esperar ver as mais terríveis condições na sociedade humana, por toda a parte. Sob a inspiração profética, o apóstolo Paulo escreveu:
Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos porque haverá homens amantes de si mesmo, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes aos pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te” (2 Timóteo 3.1-5).

Continua no próximo post.