Continuação
do post anterior.
Propósito.
O propósito de Jesus era revelar Deus e ensinar aos homens verdades
sobre as quais pudessem edificar as suas vidas. Ele disse que os Seus
ensinamentos provinham do Pai (Veja em João 14.10: “Não
crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que
eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em
mim, faz as suas obras.” - RA).
Não se tratava de meras idéias interessantes, de pensamentos
esperançosos ou de histórias divertidas. Mas eram as próprias
palavras da vida eterna (Veja em João 6.68: “Respondeu-lhe
Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida
eterna” - RA),
palavras que permaneciam para sempre (Veja em Marcos 13.31: “Passará
o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” -RA).
A pessoa que põe em prática os ensinamentos de Jesus descobre que
Sua vida está edificada sobre um sólido alicerce (Veja em Mateus
7.24: “Todo
aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será
comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha”-
RA).
Método.
Jesus ensinava por toda a parte, sempre que surgia a necessidade. Ele
ensinava nas sinagogas (Veja Lucas 4.16: “Indo
para Nazaré, onde fora criado entrou, num sábado, na sinagoga,
segundo o seu costume, e levantou-se para ler” - RA)
e no templo (Veja João 8.2: “
De madrugada, voltou novamente para o templo, e todo o povo ia ter
com ele; e, assentado, os ensinava.” - RA).
Ele ensinava nas ruas (Veja em Marcos 10.17: “E,
pondo-se Jesus a caminho, correu um homem ao seu encontro e,
ajoelhando-se, perguntou-lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a
vida eterna?” - RA)
e em casas particulares (Veja em Lucas 14.1: “
Aconteceu que, ao entrar ele num sábado na casa de um dos principais
fariseus para comer pão, eis que o estavam observando.” - RA).
O número de ouvintes era um fator importante para Ele. Embora se
dirigisse a grandes multidões, não hesitava em dirigir a palavra a
algum homem ou mulher em particular. Muitos dos Seus mais importantes
ensinamentos foram dirigidos a indivíduos, como no caso de Nicodemos
(Veja, na sua Bíblia, em João 3). Jesus ensinava em grande
variedade de lugares, para grandes variedades de pessoas. Também
usava grande variedade de métodos. Examinaremos agora quatro
diferentes desses métodos.
As
parábolas.
Jesus ensinava muitas verdades por meio de parábolas. Uma parábola
é uma ilustração ou história, usualmente extraída dos
acontecimentos da vida diária. Como um método de ensino, as
parábolas revestem-se de três vantagens: 1) elas podem ser
facilmente lembradas, porque os ouvintes podem imaginar os
acontecimentos da história enquanto a mesma está sendo narrada; 2)
As mensagens espirituais transmitidas por elas são claras até mesmo
para os de pouca ou nenhuma cultura; e 3) elas demonstram a
preocupação de Jesus com as necessidades de Seus ouvintes.
A
maioria das parábolas ensina apenas uma verdade central. A parábola
da mulher e da moeda, por exemplo, ilustra a persistência de Deus na
busca de uma alma perdida (Veja em Lucas 15.8-10: “Ou
qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a
candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la?
E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos
comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido. Eu vos afirmo
que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um
pecador que se arrepende” - RA).
Algumas delas, contudo, ensinam mais de uma lição. A parábola do
filho pródigo ilustra não somente o amor paternal de Deus, mas
também o sentido do arrependimento e do pecado da justiça própria
e do espírito não-perdoador. (Veja, na sua Bíblia, em Lucas
15.11-32). Em algumas ocasiões, aqueles que ouviam uma parábola
podiam tirar as suas próprias conclusões (Veja, na sua Bíblia, em
Marcos 12.1-12). Outras vezes Jesus esclarecia a verdade que Ele
ilustrava, ao terminar de contar uma parábola (Veja em Mateus
25.1-13). As parábolas de Jesus, entretanto, eram diferentes das
parábolas contadas por outras pessoas, porque não podiam ser
separadas de Sua pessoa. Aqueles que não O entendiam, também não
compreendiam as Suas parábolas. Essa foi uma verdade salientada pelo
próprio Jesus (Veja em Marcos 4.11: “Ele
lhes respondeu: A vós outros vos é dado conhecer o mistério do
reino de Deus; mas, aos de fora, tudo se ensina por meio de
parábolas,” - RA) e
Mateus 13.13: “Por
isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não vêem; e,
ouvindo, não ouvem, nem entendem” - RA).
Declarações
curtas.
Jesus usava declarações curtas para fixar certas verdades nas
mentes de seus ouvintes. Com freqüência essas declarações
contrastavam duas idéias. Por exemplo: “...
portanto sejam prudentes como as serpentes e símplices como as
pombas”
(Mateus 10.16).
“Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida por
amor de mim acha-la-á
(Mateus 10.39). ”... Quem
crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”
(João 11.25). Essas declarações são pensamentos provocadores e
inesquecíveis.
Lições
objetivas.
Jesus também Se utilizava de objetos familiares para ensinar
verdades espirituais. De certa feita, fez uma pequena criança
sentar-se no meio dos seus discípulos, destacando-a como um exemplo
de humildade (Veja em Mateus 18.1-6). Noutra ocasião, Jesus chamou a
atenção para certos ricos e para uma pobre viúva, que estavam
depositando suas ofertas no gazofilácio. E usou o incidente a fim de
ensinar a lição sobre o sentido da verdadeira doação (Veja Lucas
21.1-4: “Estando
Jesus a observar, viu os ricos lançarem suas ofertas no gazofilácio.
Viu também certa viúva pobre lançar ali duas pequenas moedas; e
disse: Verdadeiramente, vos digo que esta viúva pobre deu mais do
que todos. Porque todos estes deram como oferta daquilo que lhes
sobrava; esta, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o
seu sustento” - RA).
Aos pescadores Ele disse: “vinde
após mim, e eu vos farei pescadores de homens”
(Mateus 4.19). Jesus também disse que as aves do céu e os lírios
do campo mostravam o cuidado de Deus pela Sua criação (veja em
Mateus 6.26-28: “Observai
as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros;
contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós
muito mais do que as aves? Qual de vós, por ansioso que esteja, pode
acrescentar um côvado ao curso da sua vida? E por que andais
ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do
campo: eles não trabalham, nem fiam” - RA).
Continua
no próximo post.
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