Continuação
do post anterior.
A
Origem do Pecado.
Durante
muitos séculos, os estudiosos têm debatido se o pecado é eterno e
se sempre existiu paralelamente ao bem..Alguns deles têm chegado à
conclusão que o conflito entre o que é certo e o que é errado
sempre existiu e que isso continuará por toda a eternidade. Teria
havido um tempo quando só existia o bem? Nesse caso, quando foi que
o pecado fez a sua aparição? Tentemos encontrar respostas para
essas perguntas procurando conhecer a origem do pecado, no universo e
na raça humana.
No
Universo. Vejamos o que as Escrituras dizem a respeito da
origem do pecado no universo. Revisemos de modo sucinto esses fatos,
para vermos como eles estão relacionados à propagação do pecado à
raça humana:
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Os anjos foram criados como uma companhia de seres pessoais santos e perfeitos, cuja vontade inclinava-se para obedecer ao Criador.
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Aparentemente, os anjos tinham a capacidade de escolher e de compreender as consequências da desobediência.
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Um dos anjos, satanás, ocupava uma posição exaltada (Ezequiel 28.12; 2 Coríntios 4.4;e Efésios 2.2).
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Evidentemente, satanás foi o líder da rebelião contra o Senhor Deus, desde o começo (João 8.44; 1 João 3.8).
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Com base em referências a reis terrenos que parecem representar satanás, deduzimos que o seu pecado começou com a ambição e a soberba (orgulho). (Comparar Ezequiel 28.11-19 e Isaías 14.13,14 com 1 Timóteo 3.6)
As passagens bíblicas acima
ajudam-nos a entender que satanás estava descontente com a sua
posição, sob o poder de Deus. Interessava-se mais por sua própria
ambição do que em servir ao Senhor. Ficou tão cego, ante sua
própria beleza, que parece haver pensado que poderia ultrapassar ao
Criador. Mostrava-se egoísta, descontente e cobiçoso, desejando não
somente aquilo que o seu Criador lhe concedera, mas também aquilo
que o Senhor reservava para Si mesmo. Os sintomas do pecado que vemos
em satanás, aparentemente foram as causas básicas do pecado, entre
todos os anjos que caíram.
Tudo
isso reveste-se de grande importância para nós, porque quando
satanás e seus anjos rebelaram-se contra Deus, o pecado tornou-se um
princípio fundamental na vida existente no universo. O pecado deles
representava oposição ao governo do nosso amoroso Pai celestial. O
propósito de satanás, dali por diante, foi o de frustrar o plano de
Deus em cada área do universo. Ele encabeça um sistema mundial que
faz oposição a Deus e ao seu governo.
Na
Raça Humana. Conforme já vimos, Deus criou o homem sem
qualquer natureza pecaminosa, deixou-o em um meio ambiente ideal, e
providenciou tudo para a satisfação de todas as suas necessidades.
Deus deu a Adão uma mente poderosa e ocupações abundantes para
nelas dispender o seu tempo e energias. Também deu a Adão uma
ajudadora apropriada para servir-lhe de companheira. Em seguida, o
Criador decretou algumas regras simples a serem observadas,
advertindo a Adão e Eva sobre as consequências da desobediência.
Então entrou em íntima comunhão com aquele primeiro casal.
O
aviso dado por Deus a Adão e Eva era um teste simples. Em meio às
provisões e privilégios abundantes, foi-lhe negada uma única
coisa: o fruto de uma certa árvore. Esse teste tinha por propósito
mostrar a obediência ou desobediência deles à vontade do Senhor.
Adão e Eva não foram criados como autômatos para viverem para a
glória de Deus sem qualquer escolha. A vontade deles inclinava-se
para Deus; mas, visto que eles tinham o poder de aceitar ou rejeitar
essa inclinação, poderiam exercer sua livre vontade e fazer uma
escolha deliberada. Essa capacidade é uma condição necessária
para um teste dessa natureza.
Satanás
não teve nenhum tentador quando se rebelou contra Deus, mas os
primeiros seres humanos tiveram. Pouco depois de Adão e Eva terem
sido postos no jardim do Éden, satanás aproximou-se de Eva, dando a
entender que Deus estava negando, a ela e a Adão, alguma coisa que
era boa e benéfica. É de se admirar que Eva não tenha feito
qualquer objeção à séria acusação de satanás contra Deus. De
fato, quando satanás virtualmente declarou que Deus era mentiroso,
ao afirmar: “Certamente, não morrereis”
(Gênesis 3.4), Eva nem protestou e nem procurou suavizar a falsa
declaração satânica contra o santo caráter de Deus. Antes, ela
apenas buscou os benefícios que ela mesma poderia ganhar, se
seguisse a palavra do tentador. Essa palavra apelou para os seus
sentidos, para os seus apetites, em uma ambição que acabara de ser
despertada.
Dessa
maneira, mediante um ato de sua vontade e por causa do engodo de
satanás, Eva resolveu fazer o que queria, ao invés de fazer o que
Deus queria. O trecho de Gênesis 3.1-5 mostra-nos que ela queria: 1)
ter aquilo que Deus havia proibido; 2) saber o que Deus não havia
revelado; e 3) ser aquilo que Deus não tencionava que ela fosse.
Dessa
maneira, Eva preferiu o próprio “eu” e não a Deus e é nisso
que consiste o pecado. Olhando para o fruto, ela raciocinou que,
visto ser o mesmo bom para comer, não seria errado comê-lo. Ela
também pensou que, visto que o fruto daquela árvore era agradável
e lhe traria conhecimento, comê-lo não seria errado. Porém, ela
esqueceu-se do fato mais importante: Deus havia proibido que se
comesse daquele fruto! Vendo
somente o que queriam ver, ela e Adão comeram do fruto, em franca
desobediência à Palavra de Deus. Não perguntaram se aquele ato
glorificaria a Deus, embora tivessem inteligência suficiente para
entender as consequências. Por qual motivo não consideraram com
mais cuidado o que estavam fazendo?
Foi assim que os nossos primeiros
antepassados preferiram ignorar deliberadamente o aviso divino.
Embora tivessem sido tentados, ninguém os havia forçado a agir
contra as instruções do Senhor. Esse ato de desobediência foi o
que produziu o pecado na raça humana (ver Romanos 5.12) e a atitude
que levou a esse pecado, continua atuando nos homens. Foi desse modo
que o pecado entrou no mundo, envolvendo a humanidade com sua má
influência, destruindo o feliz relacionamento do homem com Deus. O
pecado prossegue em seus maus efeitos sobre cada descendente de Adão.
Cada pessoa herda de Adão uma natureza pecaminosa que, se não for
corrigida, levará eventualmente à morte e a condenação
espiritual.
Continua no próximo post.