Continuação
do post anterior.
Deus
se revelou ao povo judeu. Como resultado da diáspora, muitos
não-judeus se tinham convertido ao judaísmo, e o judaísmo se
generalizara. Entretanto, parece que nos tempos do Novo Testamento o
judaísmo estava sendo dominado por uma atitude crescente estreita e
racista. Como prova disso basta que pesquisemos o Novo Testamento,
observando as atitudes demonstradas pelos líderes judeus, descritas
ali; pois parece que sua política e seus negócios tinham começado
a absorver quase toda a atenção deles.
Enquanto
os judeus andavam ocupados com seus interesses, outras religiões
também reivindicavam a lealdade de homens e mulheres. Muitas pessoas
seguem religiões do Oriente, do Egito e da Ásia Menos. Outras se
envolviam com as religiões misteriosas dos gregos que enfatizavam as
idéias da ressurreição e da purificação. Ainda outras seguiam
cultos dedicados a divindades e espíritos associados a determinados
lugares e ocupações. Também havia a religião romana oficial, em
que as estátuas dos imperadores de Roma eram adoradas como símbolos
do poder romano.
Esses
fatores demonstram que havia um interesse geral pelas questões
religiosas e a busca por respostas significativas. As pessoas
começaram a indagar se talvez havia apenas um Deus universal. Muitas
pessoas queriam descobrir a purificação da culpa, havendo um grande
desejo de saber o que sucedia ao ser humano após a morte. As
filosofias da época não proviam respostas aceitáveis, e as pessoas
ficavam insatisfeitas com as conclusões a que a razão humana
chegava. Muitos viviam na desesperança, no vazio espiritual, na
corrupção e na imoralidade. Que tempos foram aqueles em que Cristo
Jesus veio a este mundo, para iluminar os corações e as mentes
obscurecidas dos homens com o pleno resplendor da glória de Deus!
Os
Livros do Novo Testamento.
Já
nos temos familiarizado com o mundo do Novo testamento – suas
religiões, sua cultura e sua política, Agora, entretanto, voltemos
a atenção para o próprio Novo Testamento, a narrativa do grande
milagre mediante o qual Deus tornou-se homem, a fim de fazer o homem
voltar-se para Deus. Esse é o Novo Testamento, pois anuncia o novo
acordo que Deus estabeleceu com o homem por meio de Cristo. Enquanto
o Antigo Testamento revelava a justiça de Deus por meio da Lei, o
Novo Testamento revelava essa justiça por meio da graça e da
verdade que há em Jesus Cristo. Examinaremos os tipos de conteúdo,
os autores e a cronologia dos vinte e sete livros que perfazem o Novo
Testamento.
O
Conteúdo dos Livros.
Há quatro tipos básicos de conteúdo no Novo Testamento: contudo
histórico, doutrinário, pessoal e profético. Cada um desses tipos
de conteúdo tem certas características. No tocante ao conteúdo, os
livros do Novo Testamento são classificados de acordo com o tipo
principal do conteúdo que cada um revela. O evangelho de Mateus, por
exemplo, encerra algumas seções proféticas. Entretanto a maior
parte de seu conteúdo é histórica. Portanto, deve ser incluída
entre os escritos históricos.
Os
Livros Históricos.
Os livros históricos incluem as quatro narrativas da vida de Cristo
(Mateus, Marcos, Lucas e João), bem como o relato do começo da
Igreja (Atos dos Apóstolos). São chamados livros históricos porque
o seu propósito primário é registrar os eventos e apresentar os
fatos. Incluem os nomes de muitas pessoas e lugares. Com freqüência,
citam as palavras que foram ditas em determinadas situações. Também
dão muitas descrições pormenorizadas das circunstâncias e dos
resultados de atos específicos. De modo geral, os escritos
históricos prestam informações que respondem a perguntas como
estas: Que sucedeu? Onde sucedeu? Quem fez isso? O que foi dito? Qual
foi o resultado? Porém, os livros históricos do Novo Testamento nos
dão muito mais do que as respostas a essas perguntas. O próprio
Filho de Deus nos é revelado por intermédio do Registro que eles
apresentam das coisas que Jesus disse e fez.
Os
Livros Doutrinários.
A maioria dos livros doutrinários compõe-se de cartas escritas para
certos grupos de crentes. Com freqüência abordam assuntos
específicos que alguns daqueles grupos estavam enfrentando, ao
procurarem seguir a maneira de viver cristã. Ao escrever a esses
crentes, os autores desses livros explicaram as grandes verdades a
respeito de Jesus Cristo e Sua obra, se ainda não as haviam
compreendido. Os autores sagrados igualmente descreveram a relação
entre os crentes a Cristo, e como os crentes devem viver como
resultado disso. As poderosas mensagens que Deus inspirou que
escrevessem não visavam apenas aos primeiros discípulos, mas também
“todos
os que em todo lugar invocam o nome de Nossos Senhor Jesus Cristo”
(1 Coríntios 1.2).
Os
livros doutrinários são os seguintes: Romanos, 1 e 2 Coríntios,
Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossences, 1 e 2 Tessalonicenses,
Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro, Judas e 1 João.
Continua
no próximo post.
Nenhum comentário:
Postar um comentário