sexta-feira, setembro 18, 2015

O Espírito Santo - 05.

Continuação do post anterior.
O ensino de Jesus sobre o ministério do Espírito Santo (Veja João 14.16,17,26; 15.26; 16.5-15: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco. O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós. Mas, o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”), leva-nos a concluir que, na ausência de nosso Senhor Jesus Cristo deste mundo e em favor do Pai, o Espírito Santo é Aquele que dá testemunho aos incrédulos. O Espírito Santo convence-os do pecado e os atrai a Cristo. Em seguida, Ele ilumina o crente no tocante às suas responsabilidades espirituais. O Espírito Santo mostra ao indivíduo injusto que a única maneira dele tornar-se justo é mediante a fé na expiação de Cristo. É ao revelar que Cristo pagou a penalidade imposta pelos nossos pecados, de uma vez por todas, que o Espírito Santo é capaz de convencer os incrédulos do julgamento final. O Espírito Santo convence os incrédulos do pecado.
Em relação aos crentes individuais. Consideremos o ministério do Espírito Santo em relação aos crentes sob duas categorias: 1) Sua ajuda; e 2)Seu batismo.
1) Sua ajuda. Jesus disse aos seus discípulos que convinha que Ele os deixasse, pois somente assim o Espírito Santo viria para ajudá-los (Veja João 16.7: “Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei” - RA). Ficamos admirados ao ver as muitas formas de ajuda que os crentes podem receber da parte dEle. Vejamos:
1.1 - Tornamo-nos crentes mediante a atuação do Espírito Santo. Quando éramos incrédulos, estávamos espiritualmente mortos; mas, quando nos achegamos a Deus, com arrependimento e fé, nascemos espiritualmente. Tornamo-nos uma nova criatura (Ver 2 Coríntios 5.17: E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” - RA). Nascemos do alto pelo poder do Espírito do Senhor, e recebemos uma nova natureza. Essa experiência é chamada regeneração, pelos teólogos (Ver João 3.5-7: “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo”; Efésios 2.5: “e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos” - RA; e Tito 3.5: “ não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,” - RA).
1.2 - Do Espírito Santo é que recebemos poder para testificar. (Veja Atos 1.8: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” - RA). Surgem problemas quando tomamos decisão de anunciar as boas novas às outras pessoas. Circunstâncias, pessoas e espíritos malignos procuram impedir-nos. Precisamos de um poder especial para superarmos todos esses obstáculos. O Espírito de Deus é a fonte do poder que precisamos para que o nosso testemunho cristão seja eficaz.
1.3 – O Espírito Santo ministra-nos como um mestre. (Veja João 14.26; 15.26; 16.13). Talvez eu não pertença a alguma classe privilegiada, mas, quando eu rogo ao Espírito por Sua ajuda, Ele me ensina. Ele está mais disposto a revelar-me as verdades divinas do que qualquer outro ser (Veja 1 Coríntios 2.12-14).
1.4 – Também recebemos a ajuda do Espírito intercedendo em nosso favor. Isso significa que Ele apresenta as nossas necessidades diante de nosso Pai celestial, Você já não se sentiu capaz de orar diante de certas situações? Há ocasiões em que não temos força para orar. É nesses momentos que podemos contar com a intercessão do Espírito Santo em nosso favor (Romanos 8.26: “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” - RA).
1.5 – O Espírito Santo guia-nos dia após dia na direção de uma vida cristã vitoriosa. Quando somos regenerados e o Espírito Santo vem residir em nossa vida descobrimos que temos duas naturezas: uma delas voltada para o que é natural ou físico e a outra voltada para o que é espiritual. Descobrimos que o nosso corpo continua sujeito às tentações da carne. A luta pela qual então passamos, entre o bem e o mal que há dentro de nós, é descrita com detalhes no sétimo capítulo de Romanos. Nesse trecho bíblico, escreveu Paulo: “Porque eu sei que em mim, isto é, em minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem” (Romanos 7.18). Nesse passo bíblico, o apóstolo não levou em conta a ajuda que nos é dada pelo Espírito Santo; mas, no oitavo capítulo dessa mesma epístola, ele menciona o Espírito Santo nada menos que dezenove vezes no que tange à vida cristã vitoriosa. O controle do Espírito Santo sobre a vida do crente é o segredo da vitória sobre o pecado. O Espírito Santo está resolvido a levar-nos ao desenvolvimento espiritual; Ele quer mostrar-nos como podemos dominar a nossa natureza egoísta (Veja Romanos 8.1-14).
Continua no próximo post.

terça-feira, setembro 01, 2015

O Espírito Santo - 04.


Continuação do post anterior.
Continuação de outros elementos da personalidade do Espírito Santo.
4. Pronomes Pessoais. Talvez você já tenha notado o quanto a Bíblia concentra a atenção sobre o Espírito Santo nos capítulos 14 a 16 do Evangelho de João. É significativo que João tenha usado artigos pessoais para chamar a nossa atenção para a personalidade do Espírito Santo. Por exemplo o pronome pessoal ekeinos (no original grego) é usado em João 16.13, referindo-se ao Espírito Santo, reconhecendo assim a Sua personalidade. Esse é o mesmo pronome usado em relação a Jesus, em 1 João 2.6; 3.3,5,7 e 16.
5. Tratamento Pessoal. Finalmente, o fato que o Espírito Santo é alvo de tratamento pessoal, também aponta para a Sua personalidade. A Bíblia aponta que Ele pode ser tentado e submetido a teste (Atos 5.9), pode ser entristecido (Efésios 4.30), podemos mentir a Ele (Atos 5.3), podemos blasfemar ou falar contra Ele (Mateus 12.31,32), podemos resistir a Ele (Atos 7.51) e também podemos insultá-lO (Hebreus 10.29). Uma mera força impessoal não pode ser tratada como uma pessoa e nem seria capaz de ter atitudes próprias de uma pessoa.
Reconhecer a personalidade do Espírito Santo é importante. Quando percebemos que Ele é uma personalidade distinta da Deidade, então vemos que Ele é digno de nossa adoração, de nossa fé, de nosso amor, de nossas honrarias. Nosso interesse deveria permitir-Lhe controlar-nos e usar-nos para a Sua honra e glória.
O Ministério do Espírito Santo.
Já vimos um dos aspectos do ministério do Espírito Santo, quando Ele agiu juntamente com o Pai e o Filho na obra da criação. Em relação e esse envolvimento, diz o salmista: “Envias o teu Espírito e são criados, e assim renovas a face da terra” (Salmo 104.30). Essa referência, como notamos fala a respeito do papel do Espírito na manutenção e cuidado pela criação.
Quando o profeta Isaías discutia sobre a infinita grandiosidade do poder de Deus na criação e na providência (os cuidados e as orientações divinas), indagou: “Quem guiou o Espírito do Senhor? E que conselheiro o ensinou?” (Isaías 40.13). Ao considerarmos essa questão, inicialmente precisamos reconhecer as limitações da capacidade humana para conhecer os mistérios de Deus. Portanto só podemos responder a essa pergunta dizendo que não podemos compreender muito sobre o Espírito Santo, mas podemos ser tocados, abençoados e dirigidos pela Sua presença, recebendo forças da parte do Seu poder. Podemos ver os efeitos de Seu ministério, da mesma maneira que podemos ver os efeitos do vento, embora não compreendamos os seus mistérios (ver João 3.8).
Apesar do homem finito não poder compreender a plena extensão das infinitas atividades do Espírito de Deus, podemos examinar algumas áreas gerais de Suas atividades que nos são reveladas nas Escrituras. Esses desvendamentos através das Escrituras nos fornecem um quadro razoavelmente completo da pessoa do Espírito Santo, como também do Seu ministério. Consideraremos, portanto, o Seu ministério em relação a três pontos: 1) o mundo incrédulo; 2) o crente individual; e 3) a igreja como um todo.
Em relação ao mundo incrédulo.
Além do Seu envolvimento na criação e na providência, o Espírito Santo também se envolve com o mundo incrédulo. De acordo com João 16.8-11, Ele convence os homens do pecado, da justiça e do juízo.
1. Ele convence do pecado. Jesus ensinou que quando vier o Espírito Santo “... convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. Do pecado porque não crêem em mim” (João 16.8,9). O Espírito Santo convence os homens da pecaminosidade daqueles que não confiam em Jesus Cristo.
2. Ele convence da justiça. “... da justiça porque vou para o Pai, e não me vereis mais...” ( João 16.10). Em outras palavras, o Espírito Santo revela aos homens a retidão do Senhor Jesus Cristo e a falta de retidão de todas as outras pessoas. Ele relembra diante dos homens que, por causa do triunfo de Jesus sobre o pecado, agora Deus declara os pecadores como justos, capacitando-os , capacitando-os a se tornarem justos, através da fé em Cristo.
3. Ele convence do juízo. “... do juízo porque, o príncipe deste mundo está julgado” (João 16.11). O Espírito Santo convence os incrédulos do julgamento, mostrando-lhes a relação entre a morte e a ressurreição de Cristo, por um lado, e o julgamento do mundo, por outro lado. Por meio de Sua morte e ressurreição, Ele tornou-se vitorioso sobre o inimigo, satanás. Que está condenado à morte eterna. Assim, a cruz significou o pagamento de uma dívida: a penalidade imposta ao pecado. Também significa prover expiação por todos aqueles que aceitam esse pagamento e o cancelamento do poder do pecado e de satanás.

Continua no próximo post.