Continuação
do post anterior.
O
lugar e a importância que damos ao Espírito Santo em nossa vida
cristã é que determinará o nosso caráter. O homem não nasce com
hábitos pré-fixados. O caráter de um homem resulta dos hábitos
que ele desenvolve mediante atos repetidos. O caráter do homem
natural, que vive somente para satisfazer os seus impulsos físicos é
um espetáculo patético e deprimente. Mas o caráter do homem
espiritual, que permite que o Espírito Santo guie a sua vida, é
inteiramente diferente disso, conforme veremos. A solução dada pelo
apóstolo Paulo é a seguinte:
“Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne”
(Gálatas 5.16).
1.6
- O Espírito Santo produz em nós o fruto bendito da vida cristã.
Certo amigo perguntou-nos, por qual motivo um grupo de pessoas, que
dizia ter um relacionamento muito íntimo com o Espírito Santo,
vangloriava-se diante de outras pessoas de serem muito espirituais.
Esse amigo disse que não podia imaginar o Espírito Santo
vangloriar-se acerca de si mesmo. Tivemos de concordar prontamente
com ele. Para evitarmos a carnalidade (que consiste em ceder aos
desejos da carne) e a espiritualidade superficial, precisamos andar
no Espírito.
Andar
no Espírito subentende que o indivíduo depende continuamente dEle,
crendo que Ele lhe ajudará a andar corretamente por qualquer área
da vida. Apesar de nunca nos ser prometida uma vida caracterizada
pela perfeição impecável, seremos maravilhosamente transformados,
à medida que formos cheios e controlados pelo Espírito. Ao invés
de manifestarmos as obras da carne (Gálatas 5.19.21), produziremos o
fruto de Espírito. “Mas
o fruto de Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fé, mansidão. temperança” (Gálatas
5.22,23).
Essas
qualidades coletivamente intituladas “fruto do Espírito”, são
características do Espírito Santo. Devemos examinar cuidadosamente
as nossas atitudes, os nossos relacionamentos e os nossos atos, a fim
de vermos se retratam essas características, ou se nos falta algum
aspecto do fruto do Espírito.
Termos
relacionados ao Batismo no Espírito Santo.
O relacionamento íntimo
que existe entre o crente e o Espírito Santo tem sido ilustrado na
Bíblia por diversos termos descritivos. Um deles chama-se batismo,
o que significa imersão. (Ver Mateus 3.11:
“Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem
depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou
digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo-
RA; e Atos 1.5:
“Porque
João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o
Espírito Santo, não muito depois destes dias” - RA).
O que acontece quando uma pessoa é imersa na água? Fica
inteiramente molhada. A água cobre-a totalmente. Quão glorioso é
saber que é possível, para nós, seres humanos, que o senhor Deus
nos sature completamente (encha-nos completamente) com Ele mesmo!
Um
outro termo usado para descrever a relação do crente com o Espírito
Santo é enchimento
(Ver Atos 2.4: “Todos
ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras
línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” - RA;
e Atos 4.31: “Tendo
eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram
cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de
Deus” - RA).
Quando uma taça fica cheia, não tem capacidade para receber mais
nada. E, de igual modo, o Espírito Santo deseja nos dar tanto de Seu
poder e de Sua glória, que seremos incapazes de receber mais da
parte dEle. E somente então teremos o poder, a sabedoria e a unção
necessários para agradar a Deus e para servi-lO, com eficácia
dentro do corpo de Cristo. Podemos ser cheios com o Espírito em
repetidas ocasiões, tal como aconteceu aos cristãos primitivos. À
medida que vai aumentando a nossa capacidade, Ele continuará a
encher-nos a novos níveis, com a Sua divina plenitude. Os crentes
são aconselhados: “...
Enchei-vos do Espírito” (Efésios 5.18).
Seria bom se desejássemos permanecer sempre cheios do Espírito.
Uma
terceira maneira de encararmos esse relacionamento é dizer que o
Espírito é derramado
sobre nós (Joel 2.28,29). Essa profecia fala sobre as chuvas de
outono, que os agricultores de Israel esperavam com ansiedade, a fim
de que suas plantações amadurecessem plenamente e em tempo para a
colheita. Bom seria que desejássemos, com idêntico anseio, pelo
derramamento do Espírito Santo sobre as nossas igrejas e sobre as
nossas vidas, para que pudéssemos desenvolver todo o potencial que
nos foi dado para promover a glória de Deus.
O
Novo Testamento ensina que para que essa obra especial do Espírito
Santo se inicie em nossas vidas, conforme é indicado pelos termos
que acabamos de apresentar, teremos de receber uma experiência
inicial. Entretanto, o batismo inicial no Espírito não deveria ser
visto como o clímax de nosso andar com Ele.
Continua
no próximo post.
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