terça-feira, setembro 01, 2015

O Espírito Santo - 04.


Continuação do post anterior.
Continuação de outros elementos da personalidade do Espírito Santo.
4. Pronomes Pessoais. Talvez você já tenha notado o quanto a Bíblia concentra a atenção sobre o Espírito Santo nos capítulos 14 a 16 do Evangelho de João. É significativo que João tenha usado artigos pessoais para chamar a nossa atenção para a personalidade do Espírito Santo. Por exemplo o pronome pessoal ekeinos (no original grego) é usado em João 16.13, referindo-se ao Espírito Santo, reconhecendo assim a Sua personalidade. Esse é o mesmo pronome usado em relação a Jesus, em 1 João 2.6; 3.3,5,7 e 16.
5. Tratamento Pessoal. Finalmente, o fato que o Espírito Santo é alvo de tratamento pessoal, também aponta para a Sua personalidade. A Bíblia aponta que Ele pode ser tentado e submetido a teste (Atos 5.9), pode ser entristecido (Efésios 4.30), podemos mentir a Ele (Atos 5.3), podemos blasfemar ou falar contra Ele (Mateus 12.31,32), podemos resistir a Ele (Atos 7.51) e também podemos insultá-lO (Hebreus 10.29). Uma mera força impessoal não pode ser tratada como uma pessoa e nem seria capaz de ter atitudes próprias de uma pessoa.
Reconhecer a personalidade do Espírito Santo é importante. Quando percebemos que Ele é uma personalidade distinta da Deidade, então vemos que Ele é digno de nossa adoração, de nossa fé, de nosso amor, de nossas honrarias. Nosso interesse deveria permitir-Lhe controlar-nos e usar-nos para a Sua honra e glória.
O Ministério do Espírito Santo.
Já vimos um dos aspectos do ministério do Espírito Santo, quando Ele agiu juntamente com o Pai e o Filho na obra da criação. Em relação e esse envolvimento, diz o salmista: “Envias o teu Espírito e são criados, e assim renovas a face da terra” (Salmo 104.30). Essa referência, como notamos fala a respeito do papel do Espírito na manutenção e cuidado pela criação.
Quando o profeta Isaías discutia sobre a infinita grandiosidade do poder de Deus na criação e na providência (os cuidados e as orientações divinas), indagou: “Quem guiou o Espírito do Senhor? E que conselheiro o ensinou?” (Isaías 40.13). Ao considerarmos essa questão, inicialmente precisamos reconhecer as limitações da capacidade humana para conhecer os mistérios de Deus. Portanto só podemos responder a essa pergunta dizendo que não podemos compreender muito sobre o Espírito Santo, mas podemos ser tocados, abençoados e dirigidos pela Sua presença, recebendo forças da parte do Seu poder. Podemos ver os efeitos de Seu ministério, da mesma maneira que podemos ver os efeitos do vento, embora não compreendamos os seus mistérios (ver João 3.8).
Apesar do homem finito não poder compreender a plena extensão das infinitas atividades do Espírito de Deus, podemos examinar algumas áreas gerais de Suas atividades que nos são reveladas nas Escrituras. Esses desvendamentos através das Escrituras nos fornecem um quadro razoavelmente completo da pessoa do Espírito Santo, como também do Seu ministério. Consideraremos, portanto, o Seu ministério em relação a três pontos: 1) o mundo incrédulo; 2) o crente individual; e 3) a igreja como um todo.
Em relação ao mundo incrédulo.
Além do Seu envolvimento na criação e na providência, o Espírito Santo também se envolve com o mundo incrédulo. De acordo com João 16.8-11, Ele convence os homens do pecado, da justiça e do juízo.
1. Ele convence do pecado. Jesus ensinou que quando vier o Espírito Santo “... convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. Do pecado porque não crêem em mim” (João 16.8,9). O Espírito Santo convence os homens da pecaminosidade daqueles que não confiam em Jesus Cristo.
2. Ele convence da justiça. “... da justiça porque vou para o Pai, e não me vereis mais...” ( João 16.10). Em outras palavras, o Espírito Santo revela aos homens a retidão do Senhor Jesus Cristo e a falta de retidão de todas as outras pessoas. Ele relembra diante dos homens que, por causa do triunfo de Jesus sobre o pecado, agora Deus declara os pecadores como justos, capacitando-os , capacitando-os a se tornarem justos, através da fé em Cristo.
3. Ele convence do juízo. “... do juízo porque, o príncipe deste mundo está julgado” (João 16.11). O Espírito Santo convence os incrédulos do julgamento, mostrando-lhes a relação entre a morte e a ressurreição de Cristo, por um lado, e o julgamento do mundo, por outro lado. Por meio de Sua morte e ressurreição, Ele tornou-se vitorioso sobre o inimigo, satanás. Que está condenado à morte eterna. Assim, a cruz significou o pagamento de uma dívida: a penalidade imposta ao pecado. Também significa prover expiação por todos aqueles que aceitam esse pagamento e o cancelamento do poder do pecado e de satanás.

Continua no próximo post.

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