Continuação
do post anterior.
Continuação
de outros
elementos da personalidade do Espírito Santo.
4.
Pronomes Pessoais.
Talvez você já tenha notado o quanto a Bíblia concentra a atenção
sobre o Espírito Santo nos capítulos 14 a 16 do Evangelho de João.
É significativo que João tenha usado artigos pessoais para chamar a
nossa atenção para a personalidade do Espírito Santo. Por exemplo
o pronome pessoal ekeinos
(no original grego) é usado em João 16.13, referindo-se ao Espírito
Santo, reconhecendo assim a Sua personalidade. Esse é o mesmo
pronome usado em relação a Jesus, em 1 João 2.6; 3.3,5,7 e 16.
5.
Tratamento Pessoal.
Finalmente, o fato que o Espírito Santo é alvo de tratamento
pessoal, também aponta para a Sua personalidade. A Bíblia aponta
que Ele pode ser tentado e submetido a teste (Atos 5.9), pode ser
entristecido (Efésios 4.30), podemos mentir a Ele (Atos 5.3),
podemos blasfemar ou falar contra Ele (Mateus 12.31,32), podemos
resistir a Ele (Atos 7.51) e também podemos insultá-lO (Hebreus
10.29). Uma mera força impessoal não pode ser tratada como uma
pessoa e nem seria capaz de ter atitudes próprias de uma pessoa.
Reconhecer
a personalidade do Espírito Santo é importante. Quando percebemos
que Ele é uma personalidade distinta da Deidade, então vemos que
Ele é digno de nossa adoração, de nossa fé, de nosso amor, de
nossas honrarias. Nosso interesse deveria permitir-Lhe controlar-nos
e usar-nos para a Sua honra e glória.
O
Ministério do Espírito Santo.
Já
vimos um dos aspectos do ministério do Espírito Santo, quando Ele
agiu juntamente com o Pai e o Filho na obra da criação. Em relação
e esse envolvimento, diz o salmista: “Envias
o teu Espírito e são criados, e assim renovas a face da terra”
(Salmo 104.30). Essa referência, como notamos fala a respeito do
papel do Espírito na manutenção e cuidado pela criação.
Quando
o profeta Isaías discutia sobre a infinita grandiosidade do poder de
Deus na criação e na providência (os cuidados e as orientações
divinas), indagou: “Quem
guiou o Espírito do Senhor? E que conselheiro o ensinou?”
(Isaías 40.13). Ao considerarmos essa questão, inicialmente
precisamos reconhecer as limitações da capacidade humana para
conhecer os mistérios de Deus. Portanto só podemos responder a essa
pergunta dizendo que não podemos compreender muito sobre o Espírito
Santo, mas podemos ser tocados, abençoados e dirigidos pela Sua
presença, recebendo forças da parte do Seu poder. Podemos ver os
efeitos de Seu ministério, da mesma maneira que podemos ver os
efeitos do vento, embora não compreendamos os seus mistérios (ver
João 3.8).
Apesar
do homem finito não poder compreender a plena extensão das
infinitas atividades do Espírito de Deus, podemos examinar algumas
áreas gerais de Suas atividades que nos são reveladas nas
Escrituras. Esses desvendamentos através das Escrituras nos fornecem
um quadro razoavelmente completo da pessoa do Espírito Santo, como
também do Seu ministério. Consideraremos, portanto, o Seu
ministério em relação a três pontos: 1) o mundo incrédulo; 2) o
crente individual; e 3) a igreja como um todo.
Em
relação ao mundo incrédulo.
Além
do Seu envolvimento na criação e na providência, o Espírito Santo
também se envolve com o mundo incrédulo. De acordo com João
16.8-11, Ele convence os homens do pecado, da justiça e do juízo.
1.
Ele convence do pecado.
Jesus ensinou que quando vier o Espírito Santo “...
convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. Do pecado
porque não crêem em mim”
(João 16.8,9). O Espírito Santo convence os homens da
pecaminosidade daqueles que não confiam em Jesus Cristo.
2.
Ele convence da justiça.
“...
da justiça porque vou para o Pai, e não me vereis mais...”
( João 16.10). Em outras palavras, o Espírito Santo revela aos
homens a retidão do Senhor Jesus Cristo e a falta de retidão de
todas as outras pessoas. Ele relembra diante dos homens que, por
causa do triunfo de Jesus sobre o pecado, agora Deus declara os
pecadores como justos, capacitando-os , capacitando-os a se tornarem
justos, através da fé em Cristo.
3.
Ele convence do juízo.
“...
do juízo porque, o príncipe deste mundo está julgado” (João
16.11). O Espírito Santo convence os incrédulos do julgamento,
mostrando-lhes a relação entre a morte e a ressurreição de
Cristo, por um lado, e o julgamento do mundo, por outro lado. Por
meio de Sua morte e ressurreição, Ele tornou-se vitorioso sobre o
inimigo, satanás. Que está condenado à morte eterna. Assim, a cruz
significou o pagamento de uma dívida: a penalidade imposta ao
pecado. Também significa prover expiação por todos aqueles que
aceitam esse pagamento e o cancelamento do poder do pecado e de
satanás.
Continua
no próximo post.
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