segunda-feira, julho 13, 2015

O Espírito Santo - 01.


Você sabe porque Jesus disse aos Seus seguidores: “Convém-vos que eu vá... ”? (João 16.7). É que, em Sua carne, Ele estava limitando a Sua natureza humana, podendo estar somente em um lugar de cada vez. Entretanto, Ele sabia que quando o Espírito Santo viesse substituí-lo, não haveria limitações quanto ao tempo em que Ele poderia ficar e quanto ao trabalho que Ele poderia realizar.
Assim, através do Espírito Santo, Deus não somente nos comissiona com uma tarefa, como também permanece conosco e nos capacita a cumpri-la. Mais do que isso, Ele veio residir em nós para conferir-nos orientação pessoal, comunhão, consolo e suprir todas as nossas necessidades espirituais.
Já sabemos o quanto Deus se interessa pela redenção dos homens. Vimos que Cristo amou a cada mulher e a cada homem de tal maneira que Ele se humilhou e se tornou um homem. E agora, quando voltamos a nossa atenção para o Espírito Santo, podemos observar esse mesmo amor pelo homem, bem como as mesmas admiráveis qualidades de personalidade.
Vimos que, quanto a natureza de Deus e sobre a Sua essência: 1) Deus é espírito; 2) Ele é o Deus triuno; 3) Ele é o único Deus; 4) Ele é eterno; 5) Ele tem personalidade; 6) Ele é imutável.
Também vimos que essas qualidades de Deus referem-se, igualmente, ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. As três pessoas são iguais quanto a glória; e a majestade de que compartilham é co-eterna. Visto que as pessoas da Deidade compartilham dessas características, não as repetiremos nesse estudo sobre o Espírito Santo. No entanto, queremos enfatizar o fato, mesmo que de modo breve, que o Espírito Santo é verdadeiro Deus, possuidor das características distintas da personalidade divina. Em primeiro lugar veremos sobre a Sua deidade.
A deidade do Espírito Santo é estabelecida por Suas características, por Seu relacionamento com as outras pessoas da Trindade, pelos nomes divinos que lhe são atribuídos e pelas obras que Ele realiza.
Características da natureza divina do Espírito Santo. O Espírito Santo é possuidor das características da natureza divina. Por exemplo: Ele é eterno. A palavra eterno significa “duração infinita: aquilo que não tem começo, nem fim e nem qualquer limitação”. Essa, pois, é uma das características de Deus. O escritor da epístola aos Hebreus afirma que Ele é o Espírito eterno (Veja Hebreus 9.14: “muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” - RA). Eterno, segundo a palavra aqui usada, é a mesma palavra usada em outros trechos bíblicos para descrever a eternidade de Deus Pai e de Jesus Cristo, o Filho de Deus.
O Espírito Santo também possui as características discriminadas abaixo:
1. Ele está presente em toda parte (onipresença). O salmista Davi declarou: “Para onde me ausentarei do Teu Espírito? Ou para onde fugirei da tua face” (Veja Salmo 139.7-10: “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá.” - RA).
2. O Espírito Santo sabe tudo (onisciência). Paulo ao descrever essa característica divina para os crentes de Corínto, observou que “... Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus” (1 Coríntios 2.11). Além disso, Aquele que sabe quais são os pensamentos de Deus, também conhece a vontade de Deus, e Ele nos capacita a orar de acordo com a Sua vontade (Veja Romanos 8.26,27: “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que Ele intercede pelos santos.” - RA).
3. O Espírito Santo é Todo-poderoso (onipotência). Em outras palavras Ele tem o poder e a capacidade de realizar tudo quanto Deus quiser, sem quaisquer limitações (Veja Lucas 1.35: “Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” – RA e Atos 1.8: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” - RA).
Títulos da natureza divina do Espírito Santo. É interessante observarmos que quando o apóstolo Pedro se dirigiu ao mentiroso Ananias, disse que quando esse mentiu ao Espírito Santo estava mentindo a Deus (Ver Atos 5.4: “Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus.” - RA). Assim o apóstolo Pedro atribuiu deidade ao Espírito Santo. O apóstolo Paulo também salientou esse fato, ao afirmar que estamos sendo transformados na imagem de Cristo, pelo Espírito Santo que é o Senhor (Ver 2 Coríntios 3.17,18: “ Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” - RA). Nos dias de Paulo, somente a deidade merecia o título de Senhor. De fato, os imperadores romanos e os Faraós do Egito não permitiam que os seus súditos usassem o termo Senhor, quando se dirigiam a eles, enquanto eles não adotassem, oficialmente, a posição de divindades. Esse costume, pois, confirma o fato de que quando Paulo referiu-se ao Espírito Santo como Senhor, estava reconhecendo a Sua deidade.
Continua no próximo post.  

Nenhum comentário: